12/02/08

Cheiro do Mato




Ai que saudades do tempo em que o mundo rolava e eu criança brincava.

Ai que saudades do tempo em que fazia os meus brinquedos de bordão e as pessoas eram para mim puras.

Ai que saudades do tempo em que o sol descia e subia naquela baía e eu o contemplava.

Ai que saudades das minhas tardes de Domingo e dos amores de horas.

Ai que saudades do cheiro do mato, da terra vermelha e das quitandeiras.

Ai que saudades do tempo em que a vida corria sem mágoas nem canseiras.

Ai que saudades de tudo o que passei, mesmo sabendo que em cada dia eu mais crescia.

Ai que saudades das saudades que tinha de ti Luanda.

Hoje sou um homem sem saudades pois tudo na vida morre… até as saudades!

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