tag:blogger.com,1999:blog-84063903696597457912024-03-23T10:16:25.005+00:00Terra VermelhaMário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.comBlogger44125tag:blogger.com,1999:blog-8406390369659745791.post-75147385355837008912023-07-25T21:41:00.003+01:002023-07-25T21:41:58.216+01:00KiandaA chuva cai suave sobre a cidade, lavando as ruas e as memórias. O silêncio é quase palpável, apenas quebrado pelo som das gotas e do vento.
<br><br>
No mar, a kianda observa tudo com seus olhos de mistério. Ela é a senhora das águas, a protetora dos pescadores, a guardiã dos segredos.
<br><br>
Ela sabe que Angola é uma terra de contrastes, de lutas, de esperanças.
<br><br>
Ela sente o pulsar do coração do povo, a sua força, a sua fé.
<br><br>
Ela sorri e canta uma canção antiga, que ecoa nas ondas e nas almas.
<br><br>
Ela é Angola sempre, a kianda que nunca se rende.
<br><br>
*kianda - monstro fabuloso, sereia, deus das águas, ser sobrenatural que preside aos mares, rios, montanhas e bosques.
<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCuYvXP2L_G8DjIZ8FBkkDfik52sZrthY9J2uyLI_EGgw_dm2iLJFRPaXa91FIq4CvWUHDR9ApFEZqs16aq4FFsPIDNb1XSePJAxnThrkz4lVN_58Pf4gcNP1vQJcL1DCvHQl3GuYMbxiGrj1dvZJY1u_qVbwFIagM8NBtDow4Ge1NlcuRBGgSKdFTOOE/s1024/FB_IMG_1690317483419.jpg" style="display: block; padding: 1em 0; text-align: center; "><img alt="" border="0" width="400" data-original-height="1024" data-original-width="1024" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCuYvXP2L_G8DjIZ8FBkkDfik52sZrthY9J2uyLI_EGgw_dm2iLJFRPaXa91FIq4CvWUHDR9ApFEZqs16aq4FFsPIDNb1XSePJAxnThrkz4lVN_58Pf4gcNP1vQJcL1DCvHQl3GuYMbxiGrj1dvZJY1u_qVbwFIagM8NBtDow4Ge1NlcuRBGgSKdFTOOE/s400/FB_IMG_1690317483419.jpg"/></a></div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8406390369659745791.post-30161805446751025542023-06-09T17:28:00.003+01:002023-07-08T17:33:09.168+01:00Mãe ÁfricaÁfrica, continente de cores<br>
De belezas, de dores<br>
De riquezas, de valores<br>
De lutas, de amores<br><br>
África, berço da humanidade<br>
De diversidade, de identidade<br>
De cultura, de criatividade<br>
De resistência, de liberdade<br><br>
África, mãe de tantos filhos<br>
De sonhos, de brilhos<br>
De esperanças, de desafios<br>
De histórias, de estilos<br><br>
África, meu coração te abraça<br>
Te admira, te agradece<br>
Te respeita, te reconhece
<br>Te celebra, te enaltece
<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTOCdlXAtiWiDcNjSpwv-DCUPmjcJ4NxqMS-YrvW3jLGKp_O1h9petahjDBLhFKUjovtBdmHoYEjNZrZc494eKAnrqgsx89nm6vj4oX9ckxnpbNSgKkcpcU0JpHgZkL8Xi2ykxzf4xT_5ZFCCdm-zdqtU9A0Nd_63m2f5kzeAI9RMJcno53ta3o0qUgG4/s1202/FB_IMG_1688833605658.jpg" style="display: block; padding: 1em 0; text-align: center; "><img alt="" border="0" height="600" data-original-height="1202" data-original-width="736" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTOCdlXAtiWiDcNjSpwv-DCUPmjcJ4NxqMS-YrvW3jLGKp_O1h9petahjDBLhFKUjovtBdmHoYEjNZrZc494eKAnrqgsx89nm6vj4oX9ckxnpbNSgKkcpcU0JpHgZkL8Xi2ykxzf4xT_5ZFCCdm-zdqtU9A0Nd_63m2f5kzeAI9RMJcno53ta3o0qUgG4/s600/FB_IMG_1688833605658.jpg"/></a></div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8406390369659745791.post-19509097210848534122020-01-20T10:39:00.000+00:002020-01-20T10:39:35.016+00:00África é um todo!É sol, é mar, são garinas bronzeando nas suas águas cálidas.<br />
<br />
É a nossa moamba, o batuque, o merengue e a rebita.<br />
<br />
É o pôr do sol na baía, é uma cerveja bebida numa esplanada. É o olhar para tudo e para nada.<br />
<br />
São as quintandeiras perguntando: «'Minino', quer camarão fresquinho?!»<br />
<br />
É o dormir na esteira, é o entrar pelas frestas dos raios de sol que nos aquece o corpo, que nos excita os sentidos, que nos abre logo pela manhã o sorriso.<br />
<br />
Não há Angola, nem Moçambique, não há Guiné, nem Cabo Verde...<br />
<br />
Há África e África é um todo!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGOSCH_Jgc5IKah5JvfKxckTwejPQptHa20rEjpHXq92WIxMmrVelFYi_yBbF6XJtM2PNMBHDwn-hI2iVgKM_S0sES0H1sLG8vO-u0_UAnhoXMwnx-Svm42vgyNfIcViaIWRGPdeqwiMQ/s1600/angola6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGOSCH_Jgc5IKah5JvfKxckTwejPQptHa20rEjpHXq92WIxMmrVelFYi_yBbF6XJtM2PNMBHDwn-hI2iVgKM_S0sES0H1sLG8vO-u0_UAnhoXMwnx-Svm42vgyNfIcViaIWRGPdeqwiMQ/s640/angola6.jpg" width="450" data-original-width="521" data-original-height="390" /></a></div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8406390369659745791.post-66915807677354839782019-03-21T15:18:00.000+00:002019-04-03T15:18:35.124+01:00Foto Beleza - Luanda Do pai do meu amigo Mário Marques da Silva, era o local privilegiado para as fotos que queríamos, tanto para a Escola, como para o Bilhete de Identidade.<br />
<br />
Bom profissional, todas as fotos eram garantidamente de qualidade. Já aqui tinha colocado esta foto a preto e branco, tirada na Foto Beleza.<br />
<br />
Vi há pouco, que essa foto (tinha eu 18 anos) serviu para o Curso de Aperfeiçoamento na Escola Industrial de Luanda. Pelo facto de estudar de noite, tinha-se, creio, que estudar mais dois anos, para ter equivalência aos que tiravam o Curso durante o dia.<br />
<br />
Como seria essa foto a cores? Se penso, logo existo (René Descartes), e como não gosto de pensar e não executar, aqui está ela.<br />
<br />
Ficou muito bem, graças à boa qualidade da foto original.<br />
<br />
Esteja onde estiver o Sr. Silva, Obrigado pelas fotos tiradas na Foto Beleza, um marco na vida de todos nós, lá no Bairro de S. Paulo, o bairro mais genuíno, e onde moravam as moças mais belas de Luanda. Quem sabe se o Sr. Silva, quando deu o nome, não se baseou na formosura das moças desse bairro.<br />
<br />
foto: eu com 18 anos, 'pintada' de uma foto a preto e branco tirada na foto Beleza.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjz7-EeIodbWmMSJmAoCiorDgxG8yxrQCv2gwvbeZ_cirN7p-out-7vEo6ADOQd9MFWzv8VuxCzm9AiCL0gLKNboWrLIwpGOf0seJVQFxflQrheSSbwN14sLOmIeihydG5Gz3J504zXmgY/s1600/54437020_2424717907573643_3488588947112591360_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjz7-EeIodbWmMSJmAoCiorDgxG8yxrQCv2gwvbeZ_cirN7p-out-7vEo6ADOQd9MFWzv8VuxCzm9AiCL0gLKNboWrLIwpGOf0seJVQFxflQrheSSbwN14sLOmIeihydG5Gz3J504zXmgY/s640/54437020_2424717907573643_3488588947112591360_n.jpg" width="417" height="640" data-original-width="491" data-original-height="754" /></a></div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8406390369659745791.post-10255380172640022232019-03-11T10:26:00.000+00:002019-04-03T15:33:03.935+01:00Bons velhos temposIsto sim é que eram bons tempos. Agora a música e os bailes já não têm o mesmo encanto de outrora. Dançam separados e quando juntos têm o telemóvel de permeio. Já não há os encostos, o cheirar o cabelo da menina, o sussurro ao ouvido.<br />
Já não há a tal confusão entre algo que 'acorda' na altura e o porta-chaves.<br />
<br />
O tempo perdeu o encanto desta idade da inocência. Agora dorme-se com o telelé e siga a dança.<br />
<br />
Bons velhos tempos.<br />
<br />
https://www.facebook.com/doceencantosaudavos/videos/1166384390199815/?t=20Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8406390369659745791.post-36213181428555762412018-05-20T12:57:00.000+01:002018-05-20T12:57:12.549+01:00Bairro Operário O Bairro de S. Paulo e o Bairro Operário são "irmãos". Muitas vezes irmãos desavindos, porque limitávamos a nossa zona da que diziam que era porta sim, porta sim. Mas não era. Muita e boa gente lá morava e na escola primária creio que a nº 8 (perto do cemitério velho), muitos do nosso Bairro estudaram.<br />
<br />
Houve sempre a confusão onde acabava o Bairro de S. Paulo e começava o Bairro Operário. Ora era na Rua Missão de S. Paulo, ora na Rua António Brandão de Melo. Pois era exatamente nesta última que começava o Bairro Operário. A famosa Vouzelense já era nesse bairro. Bairro onde se misturava as noites de sexo proibido, com as grandes farras que por lá haviam.<br />
<br />
Hoje o nosso bairro de S.Paulo pertence à comuna do Bairro Operário.<br />
<br />
Os irmãos "desavindos" são um só.<br />
<br />
A historia do Bairro Operário confunde-se com a história de Luanda.<br />
<br />
Empurrados pelo regime vigente na altura, a antiga burguesia de S. Paulo de Assunção de Loanda, foi marginalizada, ocupando esse espaço onde se confundiu, com os habitantes humildes que lá habitavam.<br />
<br />
Será um pouco sobre esse bairro que tanto nos diz, pois o Bairro Operário (a denominação tem a ver com o facto de ser habitada por operários dos caminhos-de-ferro), faz parte da nossa vivência, que aos poucos irei aqui colocar aqui um pouco da sua existência.<br />
<br />
Irei pedir ao Jaccques Arlindo dos Santos que através do seu olhar e da sua pena, me conte o ABC do Bê Ó.<br />
<br />
Antes do "nascimento" do nosso Bairro, antes do nascimento da Igreja Missão de S. Paulo, já o Bê Ó existia. O tal musseque (“Musekes”, que em kimbundu significa lugar (Mu) de areia (Seke)), de terra vermelha, que diziam que era porta sim, porta sim, afinal, não era só de tiros na noite de algum marido ciumento, mas de farras até altas horas, das enxurradas que se abatiam naquela velhas casas, de quem ia até à cidade (estando também na cidade) à busca de um pequeno trabalho que desse para ganhar algum que a família tinha que comer.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh52xCMiHWxTH8265aSeDdnWB8cdVanQS2SYKc-T_PdEzp-_u-DnEGhvUHeX-BZoXMiOaVM7i0cYqipg6Q0fyUpKbzskitEiCnxDziKlbZOSM07eIdO8mvEQxTW6HdUf9MQSEiH6MhfzLc/s1600/Bairro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh52xCMiHWxTH8265aSeDdnWB8cdVanQS2SYKc-T_PdEzp-_u-DnEGhvUHeX-BZoXMiOaVM7i0cYqipg6Q0fyUpKbzskitEiCnxDziKlbZOSM07eIdO8mvEQxTW6HdUf9MQSEiH6MhfzLc/s400/Bairro.jpg" width="400" height="299" data-original-width="600" data-original-height="449" /></a></div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8406390369659745791.post-21735553324335824002018-04-11T05:27:00.001+01:002018-04-11T06:14:00.134+01:00A MarmitaRegresso da Escola Industrial de Luanda para casa depois de mais um dia de aulas. Desta vez vinha sozinho.<br />
<br />
Venho pela Alameda D. João II. Uma bicicleta de gelados passa e claro que dali saiu um baleizão para mim.<br />
<br />
Saboreio o gelado. Fim da Alameda, viro para a Rua Paiva Couceiro em direção ao meu bairro de S. Paulo.<br />
<br />
O passeio, ainda de terra, era bastante largo. Ao lado, o muro onde por dentro funcionava a Empresa de Eletricidade (não sei o nome certo), hoje ENDE.<br />
<br />
O trânsito vai fluindo, mas entretido com o gelado nem presto muita atenção. Se viesse com alguém era certo e sabido que se faria o jogo das matrículas (quem perdesse levava os livros do outro).<br />
<br />
De repente um barulho. Olho e vejo uma carrinha de caixa aberta a galgar o passeio onde ia. Começo a correr e a carrinha atrás de mim. Até que por fim parou. Vejo a cabeça de um homem a aparecer e a seguir o resto do corpo. Vou ter com ele e digo-lhe que por pouco não me tinha apanhado.<br />
<br />
O homem estava aflito pelo acontecido e pedindo desculpa disse que tinha sido por causa da marmita. Ao dar a curva da D. João II para a Paiva Couceiro a marmita que estava no banco ao lado tinha caído e ele, ao se baixar para a apanhar, virou o volante e daí a carrinha ter galgado o passeio.<br />
<br />
Safei-me desta, pensei eu, e ao mesmo tempo apercebi-me que mesmo com a carrinha atrás de mim, não tinha deixado cair o gelado. A marmita caiu, mas o gelado não.<br />
<br />
:)<br />
<br />
fotos: o local mais ou menos onde ocorreu a situação e a bicicleta dos gelados que era frequente ver, assim como os de mão, nas ruas de Luanda.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixGeix_XjeBdt36ptT5lGa1pOarjSqnRejqFE4EjHGm2bcSzSTUo0iUkNyRoMFIyM_0HIo1nlaHroFpO0GuX-CEd7j2cNkOCtHCWa8v4xFWD6FHF3DAw_SQWHCEbD0-zn8ki_tMOcifHk/s1600/Untitled.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixGeix_XjeBdt36ptT5lGa1pOarjSqnRejqFE4EjHGm2bcSzSTUo0iUkNyRoMFIyM_0HIo1nlaHroFpO0GuX-CEd7j2cNkOCtHCWa8v4xFWD6FHF3DAw_SQWHCEbD0-zn8ki_tMOcifHk/s400/Untitled.png" width="400" height="270" data-original-width="627" data-original-height="424" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0XY4zeuMWHRh4KwRNOOKf3ERYeOku1Pxye68jZbX3Epq_Pzm9jhDmxmsWvMNkzHvwRDMqmDMtooBgCu-So4g-f6QPQ_COd_hZfCHBcXxtplBMtc-7WYqujoAfU__qKnagEsQ-IJOdPEE/s1600/carro+de+++gelados+baleizao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0XY4zeuMWHRh4KwRNOOKf3ERYeOku1Pxye68jZbX3Epq_Pzm9jhDmxmsWvMNkzHvwRDMqmDMtooBgCu-So4g-f6QPQ_COd_hZfCHBcXxtplBMtc-7WYqujoAfU__qKnagEsQ-IJOdPEE/s400/carro+de+++gelados+baleizao.jpg" width="400" height="268" data-original-width="734" data-original-height="491" /></a></div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8406390369659745791.post-63637451484485093312018-03-23T14:16:00.001+00:002018-03-26T11:16:58.971+01:00"O que somos a eles o devemos" Fui aluno de uma professora que me marcou pela positiva, a Professora Luísa Brito. Essa minha professora de quem tenho gratas recordações, que me deu aulas no Ciclo Preparatório na Escola Industrial de Luanda no ano lectivo 1963/1964 e na João Crisóstomo 1964/1965 na disciplina de Ciências Geográfico-Naturais, morava numa vivenda perto da Escola Industrial (Rua António Nobre) e tinha três filhas. Em 1965 nasce o 4º filho, um rapaz.<br />
<br />
De todos os professores que tive, foi a única que nunca esqueci.<br />
<br />
Fui muitas vezes a essa vivenda pois a Professora dava-me lá explicações. Embora eu fosse um muito bom aluno, mas como esteve muito tempo ausente devido à gravidez, sempre era uma ajuda para o exame do ciclo. Sei que as filhas estavam muitas vezes presentes. Como gostava muito dessa Professora tinha sempre 20 valores pois quem nos ensina e sabe ensinar, sabe motivar e nós damos o nosso melhor. Um dia deu-me um 16 e eu perguntei-lhe a razão já que tinha tudo certo e ela disse-me: «Mário dou-te um 16 que é para não te habituares mal».<br />
<br />
A entrada para o interior da vivenda, em frente de uma Escola Primária entre a Vila Clotilde e a Vila Alice, era à esquerda e, em frente do portão, um "corredor" onde ficava o carro ("SAAB" branco). Atrás, uma mangueira de onde muitas mangas comi.<br />
<br />
A Professora Luísa Brito nascida em Benguela, foi muito nova para a cidade do Porto onde tirou o curso de Biologia na Faculdade Ciências do Porto. Regressa a Angola (neste caso a Luanda), já casada.<br />
<br />
Havia uma empatia muito grande entre mim e esta Professora. Talvez porque ela tinha 3 meninas e desejasse um rapaz. Lembro-me de ficar "aborrecido" quando soube que ia ter um rapaz. Senti-me de fora. Tinha acabado o meu estado de "graça" pensava eu. Mas não, continuei ser o menino que procurava tirar 20 valores para ter o prazer de ser chamado ao quadro quando havia qualquer matéria em ciências mais duvidosa para os outros alunos.<br />
<br />
Depois fui trabalhar e perdi o contacto. 54 anos passados, através de uma das filhas, voltei a "encontrá-la". Infelizmente tarde, faz dia 24 deste mês, 11 anos que faleceu.<br />
<br />
O que me impressiona é o facto de me lembrar de tantos pormenores. Tinha na época 12 anos. Quando muito se gosta, não há tempo nem espaço que faça esquecer.<br />
<br />
Até Sempre minha Professora, Luísa Brito!<br />
<br />
Eu com 12 anitos... como o tempo passa!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpXuZMMSQ9IT3d_X7DGogI0x5Y37qUDNhI_VyowrK8J9XZKddQr4ygIQhiL15KDjI1i5jBGkwHGTiJqQ9Aam85udRnbdKG7ojwSlUX2VJy4Ya6PfQLtlPZIL1pOIr6mi3JFat5-Op7LKU/s1600/eu.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpXuZMMSQ9IT3d_X7DGogI0x5Y37qUDNhI_VyowrK8J9XZKddQr4ygIQhiL15KDjI1i5jBGkwHGTiJqQ9Aam85udRnbdKG7ojwSlUX2VJy4Ya6PfQLtlPZIL1pOIr6mi3JFat5-Op7LKU/s400/eu.jpg" width="316" height="400" data-original-width="352" data-original-height="445" /></a></div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8406390369659745791.post-88968387937474882862018-02-27T13:08:00.000+00:002018-02-27T13:08:33.747+00:00As farras em Luanda Não havia um fim de semana que não se fosse dar um pé de dança, se não era nos quintais com o conjunto "Os redondos" (entenda-se discos ;) ), era no Transmontano, na Casa do Minho, na Textang, na Terra Nova e outros locais, e eram muitos os conjuntos que abrilhantavam essas farras, como "A Teima", "Os 5 de Luanda" e... curiosamente, num escrito meu, tenho datas e locais onde dancei em 1972 ao som dos:<br />
<br />
- The Blue Rivers (16 de janeiro, 19 de março e 25 junho de 1972 na Textang)<br />
<br />
- Os Santos (6 de fev. e 7 de abril de 1972 - Textang)<br />
<br />
- African Boys (atuaram num Carnaval - 12 fev. 1972 - nos SMAE em que lá esteve tb o Joselito)<br />
<br />
- New Lovers - 5 de março, 28 maio e 23 de julho de 1972 - Textang, 17 set. e 22 de out. na Terra Nova<br />
<br />
- Conjunto Time - 3 de setembro de 1972 - Terra Nova<br />
<br />
Claro que como era um frequentador assíduo do "Clube Transmontano" essas farras não eram mencionadas, "Os 5 de Luanda" e "A Teima" eram quase uma constante nesse Clube.<br />
<br />
Aqui estão alguns desses Conjuntos:<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCW7kpeL2ry-kri9PPnbtMVI0BN4ZfH9ul2nHMBGxLsjqHib1d6P_hflsUO6NIoOwyINDyDSBkwBPg4xh1371DwxMP2oOtTw_wPVtIZkyfWux_Cjbwy1NaNBVRJ25rj5cjVfQ06C7OEgg/s1600/5+de+luanda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCW7kpeL2ry-kri9PPnbtMVI0BN4ZfH9ul2nHMBGxLsjqHib1d6P_hflsUO6NIoOwyINDyDSBkwBPg4xh1371DwxMP2oOtTw_wPVtIZkyfWux_Cjbwy1NaNBVRJ25rj5cjVfQ06C7OEgg/s400/5+de+luanda.jpg" width="400" height="253" data-original-width="720" data-original-height="455" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXapQ2Q9SYk69yjYN6UFzVptW9WwKdaKLK13bY-_i1DWbp00yMTFym7PQ9OC8LzrFldRvjfHfSTuwNUBhkRXX5Sr1Bf0r9zUvO6SQ9qZ8stSBShgK9rhwXfBgtPa3yYaoprtcObyNXfpU/s1600/A+Teima.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXapQ2Q9SYk69yjYN6UFzVptW9WwKdaKLK13bY-_i1DWbp00yMTFym7PQ9OC8LzrFldRvjfHfSTuwNUBhkRXX5Sr1Bf0r9zUvO6SQ9qZ8stSBShgK9rhwXfBgtPa3yYaoprtcObyNXfpU/s400/A+Teima.jpg" width="400" height="256" data-original-width="600" data-original-height="384" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbH7T6tu7BoaiQ1o5zkEigpLtTpg6QCPeUExy5D3PpyZPGTZppFUbgwFvpP2rezZm_CfeCycCYStTsvJfKbywplhAhAdTixNEADGAnFVfcuKnhO2W9ANCPBRjwyKd-74hdwgUPJNXPqng/s1600/Blue+Rivers.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbH7T6tu7BoaiQ1o5zkEigpLtTpg6QCPeUExy5D3PpyZPGTZppFUbgwFvpP2rezZm_CfeCycCYStTsvJfKbywplhAhAdTixNEADGAnFVfcuKnhO2W9ANCPBRjwyKd-74hdwgUPJNXPqng/s400/Blue+Rivers.jpg" width="400" height="194" data-original-width="960" data-original-height="466" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhegMnXHKse8e4ly9WpbuxA1HwkVwfW75A7Lqpf1i9jilLhlREbs8z4qv60LbBiGsE5LEcuIgrjQ8An-8G62TL_0b7p2Uls0rBwkvs1VAg25cXWu_NOIutYBLm-qlKB-_ngi5SZ5voD4l8/s1600/New+Lovers.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhegMnXHKse8e4ly9WpbuxA1HwkVwfW75A7Lqpf1i9jilLhlREbs8z4qv60LbBiGsE5LEcuIgrjQ8An-8G62TL_0b7p2Uls0rBwkvs1VAg25cXWu_NOIutYBLm-qlKB-_ngi5SZ5voD4l8/s400/New+Lovers.jpg" width="400" height="309" data-original-width="776" data-original-height="599" /></a></div><br />
Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8406390369659745791.post-57497955361073239282018-02-24T13:11:00.000+00:002018-02-27T13:15:32.855+00:00Duo Ouro Negro - LuandaLuanda quem de ti não gostou,<br />
é porque nas tuas ruas não andou.<br />
<br />
"Luanda,<br />
Debruçada sobre o mar<br />
Onde as ondas, uma a uma,<br />
vêm desfazer-se em espuma,<br />
À tua Ilha beijar...<br />
<br />
Luanda,<br />
Da Fortaleza em pendor,<br />
Na expressão de uma aguarela,<br />
Que o artista, com fervor,<br />
Pintou majestosa e bela...<br />
<br />
Luanda,<br />
Do batuque p'la noitinha,<br />
Das acácias em flor...<br />
És tu, Luanda rainha,<br />
Senhora do meu amor."<br />
<br />
Eleutério Sanches<br />
<br />
<center><iframe width="500" height="310" src="https://www.youtube.com/embed/F_wb_dJEK9c?rel=0" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe></center>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8406390369659745791.post-56514748164979272762018-02-23T14:00:00.002+00:002018-02-23T14:13:43.647+00:00Casamento à "pato" O casamento decorria no Bar Restinga ali na Ilha. Todos janotas, o meu irmão com mais à vontade que eu, demos os parabéns aos noivos. Como ali há sempre familiares de um lado e de outro não sabem à partida quem é convidado de quem. Fotos aqui e acolá, com os noivos e com todo o pessoal convidado, afinal éramos mais uns entre tantos.<br />
<br />
Sobe-se ao primeiro piso. Mesa farta há que comer e beber, e conversar com os empregados principalmente com o que estava à porta de saída.<br />
<br />
Há que arranjar uma garina para um pé de dança e assim se juntar aos noivos e acompanhantes para não levantar suspeitas.<br />
<br />
Os empregados habituados a este tipo de comportamento de quem entra a "pato" depressa se aperceberam que éramos uns estranhos, mas nada disseram e lá para dentro deviam estar a sorrir com a nossa desfaçatez.<br />
<br />
De repente apercebemos que a nossa presença tinha sido notada. Com cruzamento de informações verificaram que não éramos convidados nem de um lado nem do outro dos nubentes.<br />
<br />
Há que bater em retirada e como quem não quer a coisa dirigimos para a saída. O porteiro apercebeu-se da nossa retirada estratégica e fez de conta que estava a tratar de abastecer a mesa, deixando a porta entreaberta para o "escapanço".<br />
<br />
Descemos as escadas rapidamente e zarpámos em boa correria.<br />
<br />
foto: o Bar Restinga com a nossa escada de "salvação". <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeMh7qc5_OfdtlnWzcgA04EJYUtjR3HGAXtbDLqqYSb9bW4LtImyr56UDz1-U05uvss10a_S55cy1Es-517B7nGX8tc_WM6CsfHZ88eXdVuCvio9GjOL8pgKuSgO8BenP4k0fpOVh-02k/s1600/restinga.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeMh7qc5_OfdtlnWzcgA04EJYUtjR3HGAXtbDLqqYSb9bW4LtImyr56UDz1-U05uvss10a_S55cy1Es-517B7nGX8tc_WM6CsfHZ88eXdVuCvio9GjOL8pgKuSgO8BenP4k0fpOVh-02k/s550/restinga.jpg" width="500" data-original-width="960" data-original-height="606" /></a></div><br />
Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8406390369659745791.post-12088142755484652392018-02-22T14:05:00.000+00:002018-02-23T14:14:41.953+00:00A volta dos tristes Raro era o fim de semana que a ilha não se enchia de carros. Nos 7 km, desde a entrada até à ponta da ilha, as praias fervilhavam de vida.<br />
<br />
Era também a altura que os pais metiam a prole (filhos) no carro e lá iam fazer a volta dos tristes.<br />
<br />
A volta dos tristes porque era sempre a mesma coisa. Garotada dentro do carro, rádio a ouvir o relato do "puto" (entenda-se de Portugal) e lá se ia "mergulhando" naquele trânsito infernal.<br />
<br />
Chegados à ponta da ilha, se desse para parar, andava-se um pouco pela praia ou se encostava ao carro ouvindo a rádio não fosse o Benfica ou outro clube marcar um golo, metia-se a garotada outra vez dentro do carro e fazia-se o caminho de regresso, outra vez numa fila infernal.<br />
<br />
Os garotos faziam chinfrineira, o pai ralhava, a mãe punha "água na fervura" e chegados a casa mais cansados do que nunca, com sono, lá se adormecia rapidamente que no dia seguinte era dia de trabalho e de escola.<br />
<br />
Outra volta que se fazia era ir até ao aeroporto, ver os aviões (já tema aqui colocado).<br />
<br />
Depois os garotos cresciam, o carro ia mais vazio, já não havia o barulho do costume e acabava a volta dos tristes.<br />
<br />
Na ponta da ilha havia o Restaurante Mandarim de comida chinesa, e que eu me lembre foi construída lá para os anos 70. Lembro-me de ir até à ponta da ilha e não haver Mandarim nenhum.<br />
<br />
fotos: imagem com carros bem antigos na ponte no regresso da ilha,o Restaurante Mandarim e o trânsito na ponta da ilha ao fim-de-semana.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx0rcR5FXC08pmDnSTeDf0LKbryy2kLpVffbwkAOCtuYzokgVE0CYbfX1bKlCIYmyPGVCsFnmjUlVunwANRZYTpVq-yJi7IfE8Cmos8ziNjkatIG5bfd32F04q7Sxh5Q4zVdY_l_mUMfs/s1600/ponte.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx0rcR5FXC08pmDnSTeDf0LKbryy2kLpVffbwkAOCtuYzokgVE0CYbfX1bKlCIYmyPGVCsFnmjUlVunwANRZYTpVq-yJi7IfE8Cmos8ziNjkatIG5bfd32F04q7Sxh5Q4zVdY_l_mUMfs/s500/ponte.jpg" width="500" data-original-width="960" data-original-height="585" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7hCoY7Lnz8GxMK2Z0VN2lu3-eKA0DrtmRSfSGCsNNRozLaZ7LKVi_QU_JApcjsvJAeIoqSvZ7iCGrQQ3A2qZNVfThx7frfWJ6_udeAuGiVB3XviTkUcVfkHocZUVaXVt0sNRTBpz-9jQ/s1600/mandarim.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7hCoY7Lnz8GxMK2Z0VN2lu3-eKA0DrtmRSfSGCsNNRozLaZ7LKVi_QU_JApcjsvJAeIoqSvZ7iCGrQQ3A2qZNVfThx7frfWJ6_udeAuGiVB3XviTkUcVfkHocZUVaXVt0sNRTBpz-9jQ/s500/mandarim.jpg" width="500" data-original-width="564" data-original-height="370" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYNfwq-17WfgMnM4OOui3XSfbcq1iSY55q1Y0a0Ft8Ib9DFjlOJ5VEmdKabvwTL_KhWt70zGslqhntUtpyI6A-KiV58RQZ4mQIEB-TNM_7_LqYT2V5T5DCwrwbuMBbMrtjJz_bHkhdM8A/s1600/ilha.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYNfwq-17WfgMnM4OOui3XSfbcq1iSY55q1Y0a0Ft8Ib9DFjlOJ5VEmdKabvwTL_KhWt70zGslqhntUtpyI6A-KiV58RQZ4mQIEB-TNM_7_LqYT2V5T5DCwrwbuMBbMrtjJz_bHkhdM8A/s500/ilha.jpg" width="500" data-original-width="628" data-original-height="440" /></a></div><br />
<br />
Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8406390369659745791.post-21104865323702544372018-02-21T14:12:00.000+00:002018-02-23T14:15:23.526+00:00A kitandeira Eh "minino, minino", quer comprar uma pulseira de missanga para oferecer à namorada?<br />
<br />
Assim apregoavam as nossas kitandeiras (quitandeiras), ou para missangas, ou para fruta que por Luanda deambulavam, à procura de um comprador.<br />
<br />
Mas a kitandeira de missangas depressa deu lugar ao de vender fruta, pois quem é que em Luanda não sabia fazer uma pulseira, um colar ou um anel de missangas? Todos nós aprendemos com o fio de nylon, passar nos furinhos e depois de algum trabalho, aparecer trabalho feito. Com nomes, com corações para oferecer à mais que tudo, e como era bonito isso que fazíamos.<br />
<br />
E fazer cintos dos maços de tabaco? A nossa imaginação era prodigiosa, não havia televisão e a net era a nossa rua. Tudo se conjugava para que a nossa infância fosse feliz e não sentados à frente de uma "janela" (windows) como hoje as crianças estão.<br />
<br />
"Laranja, laranja minha "sinhora"?!" <br />
<br />
<iframe width="550" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/aRakBwstwdw" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2v__fX15Bxn_1YeeA-cEupAfxWrpxLYzq17z7_v88X0KXIVjqKFwduBi_nXXmAW3rLbIlWp9UiNzO2h1NcrqasU718xBSRQq0Z5Kd_2A7YSn7UQkT7a_M51ZltSFt3RH4nwGASExO0EQ/s1600/kitand.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2v__fX15Bxn_1YeeA-cEupAfxWrpxLYzq17z7_v88X0KXIVjqKFwduBi_nXXmAW3rLbIlWp9UiNzO2h1NcrqasU718xBSRQq0Z5Kd_2A7YSn7UQkT7a_M51ZltSFt3RH4nwGASExO0EQ/s550/kitand.jpg" data-original-width="601" data-original-height="960" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiEW0qKx0O-pYJ-RVEkgFRyKhUYO7RV7LL_i0hLltHPy36V8WxRYgO4YX0NfMP8KOV_kjJ0NLapoeLYMCKyI-t-zV_wIEXZj3FnnNObRL7kjaICMt1CnqqGynPVNBpfwSXroVHj7d5D0s/s1600/kitandeira.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiEW0qKx0O-pYJ-RVEkgFRyKhUYO7RV7LL_i0hLltHPy36V8WxRYgO4YX0NfMP8KOV_kjJ0NLapoeLYMCKyI-t-zV_wIEXZj3FnnNObRL7kjaICMt1CnqqGynPVNBpfwSXroVHj7d5D0s/s500/kitandeira.jpg" data-original-width="960" data-original-height="603" /></a></div><br />
<br />
<br />
Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8406390369659745791.post-46808656507142128052018-02-20T17:50:00.002+00:002018-02-20T20:33:29.447+00:00Luanda do outro lado do tempoO colonialista só critica, o luandense critica mas sofre ao ver a cidade onde nasceu - onde criança em homem e mulher se tornou, onde já adulto escolheu o país para dar um futuro melhor à sua família, coisa que em Portugal não o iria conseguir - no estado que está.<br />
<br />
Quando Paulo Dias de Novais aportou a Ilha do Cabo, logo verificou que a ilha não era suficiente. Foi para terra firme e fundou a vila de S. Paulo de Assunção de Loanda a 25 de janeiro de 1576 (só foi cidade em 1605).<br />
<br />
442 anos se passaram desde então.<br />
<br />
Da cidade dos primeiros anos pouco resta, a cidade cresceu, a cidade mudou, a cidade foi-se modernizando.<br />
<br />
A guerra traz sempre desgraça. Não só para aqueles que se julgam as maiores vítimas e que abandonaram a cidade onde nasceram e cresceram. A guerra também vitimiza quem lá ficou.<br />
<br />
Hoje vive-se da lembrança desses tempos que foram da nossa juventude, do despertar do corpo, da perda da inocência. A saudade dizem, é uma forma de ser e de estar do nosso povo. Nada melhor para o demonstrar que o fado.<br />
<br />
Somos saudosos do tempo que foi nosso, quando o rosto ainda não nos trazia os riscos da juventude perdida.<br />
<br />
Hoje olhamos para esse passado e, aliado a ele,... uma cidade, a cidade de Luanda.<br />
<br />
fotos: Avª Salvador Correia dos tempos antigos e batuque na ilha do Cabo em 1900<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkVwrt48itJHEx1gqjEa7hBcBNBuHNBuP-Ck4DTEBvzSiCZXS7_uROdoHq3wyqcPg7ohFmaqGY3C30RwQa8SqRRQ1zDdbEC0tgdOIwwZ8ZsadNR8im-nfqemqrZ0DJD6f2eOFVhE1PGcs/s1600/068_001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkVwrt48itJHEx1gqjEa7hBcBNBuHNBuP-Ck4DTEBvzSiCZXS7_uROdoHq3wyqcPg7ohFmaqGY3C30RwQa8SqRRQ1zDdbEC0tgdOIwwZ8ZsadNR8im-nfqemqrZ0DJD6f2eOFVhE1PGcs/s500/068_001.jpg" width="500" data-original-width="1482" data-original-height="902" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhC0OcjbUZ6T9yyLwik9Fmfe43QsnAQovcekUbaZhIriLT5TeCCtTyDl8f45O8sgtQg4TnJlkTvwDzRuhaPHId6ZaRviBvZt8Xy4Avkfvb2I3wAS4y-PYYUdF9_X2glkFYBeIY78D0Ee-A/s1600/245_001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhC0OcjbUZ6T9yyLwik9Fmfe43QsnAQovcekUbaZhIriLT5TeCCtTyDl8f45O8sgtQg4TnJlkTvwDzRuhaPHId6ZaRviBvZt8Xy4Avkfvb2I3wAS4y-PYYUdF9_X2glkFYBeIY78D0Ee-A/s500/245_001.jpg" width="500" data-original-width="1414" data-original-height="884" /></a></div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8406390369659745791.post-49030493654317597342018-02-19T09:59:00.000+00:002018-02-20T18:14:32.453+00:00Ondina TeixeiraPara além de Alex, Vasco Rafael e João Sequeira, outros cantores fizeram a nossa delícia nos programas de entretenimento em Luanda, "Chá das Seis" no Restauração, a "Parada de Alegria" no Colonial, "Passatempo" nos SMAE e o "Cazumbi" no Miramar eram sem dúvida os locais privilegiados para um domingo bem passado.<br />
<br />
Uma cantora que também é incontornável no panorama musical em Angola é sem dúvida, Ondina Teixeira.<br />
<br />
Muitos êxitos, muitas viagens por essa Angola, muitas presenças nos palcos e de uma simpatia que a fama não lhe fez extinguir, a Ondina, que quando foi para Luanda ainda garota, morou ali no meu Bairro de S. Paulo por cima da Sapataria S. João, era presença assídua nos programas que referi. Aqui está então em cartaz no Cazumbi com apresentação de Ruth Soares e Luiz Montez...<br />
<br />
(curiosa é a apresentação da Ondina como artista "BoÇa Nova" e não "BoSSa Nova" e a dos "NEgoleiros", que devem ser os "Ngoleiros do Ritmo")<br />
<br />
Podemos ouvir a Ondina não no Cazumbi mas no Chá das Seis... "Simplesmente Maria"<br />
<br />
<center><iframe width="500" height="300" src="https://www.youtube.com/embed/KxEXia0J7a4" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe></center><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBX0XV1P6rIkb2Xohyphenhypheny5t-ZZqIyT3tBVXj3TjzsXkEYkhmesMkH7HgRtfUqof5JnhyKoKh-ygUEq4k5N5D3PTFomj-mHfv2d9xjwszpVlsrcrAzw3SHk1t3aOZOn3kyZ-mjkveLGdw4zk/s1600/cazumbi.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBX0XV1P6rIkb2Xohyphenhypheny5t-ZZqIyT3tBVXj3TjzsXkEYkhmesMkH7HgRtfUqof5JnhyKoKh-ygUEq4k5N5D3PTFomj-mHfv2d9xjwszpVlsrcrAzw3SHk1t3aOZOn3kyZ-mjkveLGdw4zk/s640/cazumbi.jpg" width="452" height="640" data-original-width="423" data-original-height="599" /></a></div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8406390369659745791.post-79556777696166365142018-02-17T18:24:00.000+00:002018-02-20T18:24:54.841+00:00Mutamba antigaNa Rua Luís de Camões a estátua do poeta, que agora é linda, na época o escultor foi quase "crucificado" pois não havia ninguém que ficasse indiferente a um Camões "trinca-espinhas". Caiu o Carmo e a Trindade por tal desfaçatez.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-q9aluzPY0IIbp1dMFTnGWtRN7oyB93apxKNkrJsIFt5h7up_MNllzlYrprBxE4QBKDR0LF0z2zQG-KAjAux2wbR4yo-zyuOwbxI9RA-k-n9E9nOJaBMD33MgNt4hJSyu4fXTD7RMjyI/s1600/cam%25C3%25B5es.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-q9aluzPY0IIbp1dMFTnGWtRN7oyB93apxKNkrJsIFt5h7up_MNllzlYrprBxE4QBKDR0LF0z2zQG-KAjAux2wbR4yo-zyuOwbxI9RA-k-n9E9nOJaBMD33MgNt4hJSyu4fXTD7RMjyI/s500/cam%25C3%25B5es.jpg" width="500" data-original-width="960" data-original-height="570" /></a></div><br />
Sabemos também que quando vivemos numa cidade, ou noutro local qualquer, pouco se liga ao que nos rodeia. Vive-se, vai-se aqui e ali e como tudo isso faz parte da nossa vida, é mais uma rua, é a mais um cinema que se vai, é mais um fim de semana de praia ou de farra.<br />
<br />
São esses momentos que mais tarde, longe desses locais que passávamos indiferentes, se fazem sentir e nada melhor que estas imagens para as recordar.<br />
<br />
A alma chora, a mente vagueia e lá nos vemos agora sim, com o coração nas mãos, a recordar esses tempos, com saudade, e até o poeta afinal não está assim tão mal ali no pedestal.<br />
<br />
E como era L(o)uanda antes de nós a conhecermos como era no nosso tempo?<br />
<br />
Já não há gente viva destas fotos dos anos mil novecentos e troca o passo. Conhecemos e bem a nossa Mutamba. Todos nós ali apanhávamos o maximbombo para a nossa casa, para o trabalho/escola, para a praia, ou para o local onde íamos gingar ou dançar um "slow" com a princesa dos nossos sonhos.<br />
<br />
Alguma vez imaginaram uma Mutamba assim? Pois aqui está como ela era.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm72kHucUFFLBLgOuUwd0-wyjnvMyVDhWUBVtRuKP8mx7mfsNyQC-AupNaX67bLESUCtkmvftJ-NVzA249QWVN2GZIeR6lDPf_ROAxUVjdEBAJ1ilb_YYoxsXX3RTwfFrYcbIJ2Gp7Uso/s1600/Mutamba.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm72kHucUFFLBLgOuUwd0-wyjnvMyVDhWUBVtRuKP8mx7mfsNyQC-AupNaX67bLESUCtkmvftJ-NVzA249QWVN2GZIeR6lDPf_ROAxUVjdEBAJ1ilb_YYoxsXX3RTwfFrYcbIJ2Gp7Uso/s500/Mutamba.jpg" width="500" data-original-width="814" data-original-height="515" /></a></div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8406390369659745791.post-4005718935245543202018-02-10T17:54:00.000+00:002018-02-20T17:55:36.859+00:00Vasco Rafael e João SequeiraVasco Rafael e João Sequeira, duas figuras incontornáveis dos palcos angolanos. Quase sempre atuavam nos mesmos espetáculos<br />
<br />
Vasco Rafael um fadista com uma voz portentosa, João Sequeira mestre na rábula como actor.<br />
<br />
Vi-os muitas vezes em Luanda e uma vez nos SMAE, o Vasco dispensou o microfone. A voz dele chegava.<br />
<br />
Felizmente o João Sequeira ainda está vivo e que continue por muitos e longos anos.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlU79HM4z1dsSHmU_lPFNrR9OZN6CMuxLlNfZfFdnJLePxboXKnmMCNLp7IEQON6YB3oQIV6OZDVNXShpuYg8IdmwNMkW7gUbZDesdac6c4wqaPsZyJnW8D2UD3MF-f5S9Ye2c5kNa-v4/s1600/27709844_1872921879419918_7100964587256246352_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlU79HM4z1dsSHmU_lPFNrR9OZN6CMuxLlNfZfFdnJLePxboXKnmMCNLp7IEQON6YB3oQIV6OZDVNXShpuYg8IdmwNMkW7gUbZDesdac6c4wqaPsZyJnW8D2UD3MF-f5S9Ye2c5kNa-v4/s500/27709844_1872921879419918_7100964587256246352_o.jpg" width="500" data-original-width="1600" data-original-height="1110" /></a></div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8406390369659745791.post-90311426141796124672018-02-09T18:12:00.000+00:002018-02-20T18:12:39.760+00:00AlexNo Maxime, no Embaixador, nos mais famoso cabarets de Luanda não podia faltar o Alex que vi atuar no Cine Restauração e no Cine Colonial.<br />
<br />
Nas fotos (que me ofereceu mas sem compromissos) com a irmã Xela (Alex ao contrário que também atuava com ele).<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb4cgZ_dB7cseHDvD2C14vqc-BLm_E5ppMNmCDCZwJENTdQ5dZd0nxg6mfZ6Eashzo6-hUP_oVawmLV0HEZkOlzVbQMbxY0G-HuTInwzav9kJtqkkxXZApzVD1Qfa5BulwDknBaxM5ojs/s1600/alex1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb4cgZ_dB7cseHDvD2C14vqc-BLm_E5ppMNmCDCZwJENTdQ5dZd0nxg6mfZ6Eashzo6-hUP_oVawmLV0HEZkOlzVbQMbxY0G-HuTInwzav9kJtqkkxXZApzVD1Qfa5BulwDknBaxM5ojs/s640/alex1.jpg" width="445" height="640" data-original-width="667" data-original-height="960" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS1fRdoPfgqSmfj1vG4l7rgTmNGv88Te6uldHeXuZ_nZTd5Qudv83AL15JqwPcU-Kz8lTWTcTl_vF3lxCkRfmtmfAenKjhdiG_dS1K-pNWOFeHi-1ja8I1IdYb2MTUXipwdb2BpzWOygA/s1600/Alex2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS1fRdoPfgqSmfj1vG4l7rgTmNGv88Te6uldHeXuZ_nZTd5Qudv83AL15JqwPcU-Kz8lTWTcTl_vF3lxCkRfmtmfAenKjhdiG_dS1K-pNWOFeHi-1ja8I1IdYb2MTUXipwdb2BpzWOygA/s640/Alex2.jpg" width="447" height="640" data-original-width="671" data-original-height="960" /></a></div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8406390369659745791.post-44192768850892192232017-12-20T00:46:00.000+00:002017-12-20T00:48:04.202+00:00EDAL - Estofos de Angola5ª Avenida da Zona Industrial - Cazenga - Luanda<br />
<br />
Sempre gostei de desenhar. Não tinha, nem tenho, muito jeito para o desenho imaginativo, excepto quando fui desenhador na Empresa Edal – Estofos de Angola, onde tinha como função a criação de diversos tipos de mobiliário, uns a pedido do cliente, outros para nova gama de produtos a lançar no mercado pela Empresa. Saí-me sempre bem dessa função e tenho muito orgulho pelo que fiz nessa empresa que me ficou no coração.<br />
<br />
Andava na Escola Industrial de Luanda, como trabalhador/estudante (ensino noturno), trabalhando de dia nas oficinas da União Comercial de Luanda, quando soube de uma vaga como desenhador na EDAL. Concorri e lá fiquei.<br />
<br />
O meu estirador de desenho era ainda de régua T tipo escola, só tendo sido alterada para um estirador moderno, um ano depois.<br />
<br />
A EDAL era uma filial da MOLAFLEX, fundada pelo avô do atual Presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.<br />
<br />
A EDAL foi inaugurada já sobre a direção do pai dele, Rui Höfle de Araújo Moreira.<br />
<br />
Foi um trabalho muito criativo, tendo um dos pontos mais altos, a decoração de uma ala do Aeroporto de Luanda. Quando regressei a Luanda em 89 passei por lá e ainda lá estava o que tinha idealizado no meu estirador de desenho. :)<br />
<br />
Depois da tropa continuei como desenhador na Empresa. A situação complicou-se com a guerra civil em Luanda. Alguns trabalhadores quando se dirigiam para a Empresa foram roubados e presos por um dos "movimentos" que gladiava pelo controle de Luanda.<br />
<br />
Pedi um jeep e juntamente com o motorista fui ao quartel desse "movimento" no Cazenga. Os soldados falavam francês e sorte minha ter tido francês na Industrial. Pedi que um oficial viesse falar comigo. Assim foi. Esse falava português e ouvida a situação, disse-lhe que gostaria de levar os trabalhadores pois sem eles a Empresa não podia funcionar. Acedeu ao meu pedido, "insultou" quem tinha preso os trabalhadores que, depois de um grande abraço, entraram no jeep mas sem antes referirem que queriam o que lhes tinha sido roubado, disse-lhes que o bem mais precioso que tinham era a vida e ala para a EDAL.<br />
<br />
Mais tarde devido à violência se ter generalizado e o Cazenga ter sido um dos bairros mais "castigados", mudamos provisoriamente as instalações para a Marginal de Luanda.<br />
<br />
Em Setembro de 1975 comprei bilhete de avião de ida e volta, e quando lá voltei, 14 anos depois, ainda laborava e os meus olhos ficaram mar.<br />
<br />
Nestas fotos estão alguns que comigo trabalharam. Na p&b os que estão assinalados com seta, trabalhavam na produção, os da foto a cores trabalhavam comigo na sala de desenho.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjV6HSD8LXnjhL0Cq21FBNfFDSDgSCxeSNrg2bxibWBnDbxarB0PWD-DdGP1pXMzu3BHAQEsctYqNMTlI6bJ4JsdVkky4NmTlmHP3wVsqKwCqRGED90_aPVdSwjIqRWQR64bGEcc_LpQo4/s1600/25488484_1813212212057552_6719536756827365831_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjV6HSD8LXnjhL0Cq21FBNfFDSDgSCxeSNrg2bxibWBnDbxarB0PWD-DdGP1pXMzu3BHAQEsctYqNMTlI6bJ4JsdVkky4NmTlmHP3wVsqKwCqRGED90_aPVdSwjIqRWQR64bGEcc_LpQo4/s450/25488484_1813212212057552_6719536756827365831_o.jpg" width="450" data-original-width="1600" data-original-height="1071" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjduWOvT0yzBre3mIFRTaDDg2l8IC8uDuQF8Cs91j5SKiODASmM2OAz5JRDSd2hYJ9Nr1-U55o3gds7AUoij3M7SQmg_WbPnlPO4jpEg5iv6vVAqrn1NECJTkUXxvqL8shmJqV0DeYKaco/s1600/25440349_1813224838722956_115907305032700188_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjduWOvT0yzBre3mIFRTaDDg2l8IC8uDuQF8Cs91j5SKiODASmM2OAz5JRDSd2hYJ9Nr1-U55o3gds7AUoij3M7SQmg_WbPnlPO4jpEg5iv6vVAqrn1NECJTkUXxvqL8shmJqV0DeYKaco/s450/25440349_1813224838722956_115907305032700188_o.jpg" width="450" data-original-width="1361" data-original-height="804" /></a></div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8406390369659745791.post-72334391849830604842012-12-04T10:14:00.000+00:002018-04-11T04:24:09.703+01:0014 anos depoisEstória de um regresso a Luanda, 14 anos depois<br />
<br />
Avª D. João II, ano da graça do Senhor - 1989.<br />
<br />
Onde era o Café Palladium (esquina da Combatentes com a D. João II) em plena via pública estava um sujeito com uma cadeira de rodas a vender jornais. Fui lá e dei 50 kwanzas, recebi o jornal e aguardei pelo troco.<br />
<br />
Como ele nunca me dava perguntei se o jornal custava 50 K e ele disse-me que não, custava 20, mas que não tinha troco para me dar, disse-me que o dinheiro mais 'baixo' nessa altura (devido à inflação) eram mesmo os 50 k.<br />
<br />
Ri-me do assunto, fiz de conta que acreditei, pois não me aquecia nem arrefecia e a ele dava-lhe um grande jeito o dinheiro, e fui-me embora.<br />
<br />
Foi a única vez para mim que a 'gorgeta' foi superior ao valor da compra!<br />
<br />
<i>Foto tirada do Hotel Alameda (onde fiquei).</i><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_ZXySdjjxG3ul-i4WYVh7F7IczE4oZ3l0F3xiqWcKeU22pExz_kb6EIrTBBOQIzpQfOl-CLtnXg-4L-XR5WZOqr3jIK44msjRoUr9AgZKZgTtsneyLj_lPQ3_z7vU1MJ1pkdZUraT5kQ/s1600/alameda+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_ZXySdjjxG3ul-i4WYVh7F7IczE4oZ3l0F3xiqWcKeU22pExz_kb6EIrTBBOQIzpQfOl-CLtnXg-4L-XR5WZOqr3jIK44msjRoUr9AgZKZgTtsneyLj_lPQ3_z7vU1MJ1pkdZUraT5kQ/s400/alameda+%25281%2529.jpg" width="400" height="287" data-original-width="937" data-original-height="673" /></a></div>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8406390369659745791.post-8005864568762191332011-07-28T21:52:00.007+01:002018-02-20T18:40:18.600+00:00Textang<iframe width="150" height="25" src="https://www.youtube.com/embed/2UcPBp5a4eo" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
Textang, um dos clubes onde a minha presença era uma constante. Localizado no B. da Boavista onde, com os meus manos e amigas, íamos à praia junto ao porto de abrigo. Foi neste clube que começou um namoro que acabou em casamento, o meu. Ao som dos cantores e conjuntos da época, Lindomar Castilho, Roberto Carlos, Nelson Ned, Nilton César, dos Credence, The Archies, Otis Redding, Percy Sledge, do “Tango dos Barbudos”, dos Pasodobles, era na Textang que passava, quase sempre os Domingos à tarde. <br />
<br />
Encostados, de cigarro na boca só para o estilo, de longe mirávamos a rapariga que se pretendia para dançar e fazíamos sinal quase imperceptível, para não dar muito nas vistas, que a procura era muita e a oferta pouca. <br />
<br />
Acontecia muitas vezes, haver mais que um rapaz a fazer sinal à mesma rapariga e depois era o bom e o bonito quando ela se levantava e pensando que era para nós, passava ao lado e ia dançar com outro. Disfarçava-se o melhor que se podia o caricato da situação e lá íamos de novo para o canto. <br />
<br />
As miúdas casadoiras iam com os pais ou com amigas e o cochichar delas era para nós incómodo pois não sabíamos do que falavam e podia ser um ‘bota-abaixo’ à nossa forma de dançar ou elogios. Só elas é que sabiam do que falavam. Felizmente fui sempre bom dançarino e embora tivesse passado algumas situações acima descritas, raramente não dançava. <br />
<br />
O ‘travão’ que elas colocavam (braço em frente ao peito), impediam qualquer ‘avanço’ mais malicioso da nossa parte mas, aos poucos, iam cedendo, pois de tanto rodopio as ‘defesas’ iam abaixo e quando davam conta já estávamos encostados. Mas também haviam mulheres mais maduras que iam lá sozinhas para ‘encontrarem’ um parceiro ocasional. Esta história foi verídica e passou-se com um amigo meu. Ele fez sinal a uma mulher trintona e eis que quando ela se levanta verificámos que coxeava. Como ela veio ao encontro dele que remédio teve ele senão dançar o ‘slow’ que nesse momento tocava. Era uma música do Percy Sledge (nunca me esqueci desse pormenor). <br />
<br />
E lá foram eles enlaçados, muito juntinhos, e ela para cima e para baixo consoante o pé que poisava. Quase a música acabada, ele lança-nos um pedido de socorro. Pediu-nos para o rodearmos e para irmos para a casa de banho. Assim fizemos e tinha acontecido o inevitável. Com tanto ‘roço’ o nosso amigo não aguentou e… <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7Id-P6ZGNZ7UeOTeerRWhQhDA3SBNi_hql7BAynPRzS1RtBPQ649HKAP8QqivUeHQFecSQZe3hjOw3ro0s0vNElxvckU7Tc5ekJ0hUOTNdpQMhzrejLAlyox9ks6bQ1Gz9NM1FpOW2p8/s1600/Textang_danca.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7Id-P6ZGNZ7UeOTeerRWhQhDA3SBNi_hql7BAynPRzS1RtBPQ649HKAP8QqivUeHQFecSQZe3hjOw3ro0s0vNElxvckU7Tc5ekJ0hUOTNdpQMhzrejLAlyox9ks6bQ1Gz9NM1FpOW2p8/s500/Textang_danca.jpg" width="500" data-original-width="500" data-original-height="315" /></a></div><br />
Calças e cuecas lavadas. Secou-se o mais possível e a camisa ‘cintada’ (muito utilizada na época) por fora, serviu de resguardo ao molhado que se notava. Foi um riso pegado entre nós. <br />
<br />
Depois da farra acabada, vi-a indo pela Avª da Boavista, no seu coxear, perdendo-se no escuro da noite. <br />
<br />
Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8406390369659745791.post-67971555994612082222010-11-10T18:36:00.008+00:002018-02-20T19:02:45.844+00:00S.M.A.E.<iframe width="150" height="20" src="https://www.youtube.com/embed/vxEGLgNRBcI" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
Cinema dos S.M.A.E., Rua Artur de Paiva – Luanda. Um cinema que marcou muito da minha infância. Parece que ainda estou a vê-lo. Entrada de portão de ferro. Ao fundo, do lado esquerdo, a bilheteira, entrada de tabiques de madeira. Cadeiras dispostas em declive inicial mas depois todas ao mesmo nível. O ecrã com palco onde actuavam os artistas convidados, um pequeno bar. <br />
<br />
Cinema dos S.M.A.E., quantos filmes ali vi. Era certo e sabido que aos fins-de-semana era "obrigatório" ir até lá. <br />
<br />
Quantas farras foram lá dançadas, quantos fins de ano ali se passaram. Ali ouvi o fado pelo cantor Vasco Rafael, ali ouvi cantar o meu artista preferido do meu tempo de garoto… Joselito. Veio apresentar o filme “Louca Juventude” (Loca Juventud-1965) e aos pedidos de cantar velhos êxitos dele, “Campanera”, “Malaguena Salerosa” e tantos outros, lá cantou mas a voz já não era daquele “pequeno rouxinol” que tanto me encantou e foi pena ele ter cedido aos pedidos. O meu “Pequeno Coronel” “morreu” ali. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvAuscW5eYAHyHykSNuwUa3M8L2vqZxVLGg0u73gPTgx91TqI-gb-fYdCCU1nTs7iu6ciApNo5k0Ra5tloj1zTR57NWBqGqak5ylXz1K3HHeiRwUbE_gWeJRmTPXylqgWsxAyJRvf2kt8/s1600/Joselito.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvAuscW5eYAHyHykSNuwUa3M8L2vqZxVLGg0u73gPTgx91TqI-gb-fYdCCU1nTs7iu6ciApNo5k0Ra5tloj1zTR57NWBqGqak5ylXz1K3HHeiRwUbE_gWeJRmTPXylqgWsxAyJRvf2kt8/s414/Joselito.jpg" width="414" height="640" data-original-width="350" data-original-height="541" /></a></div><br />
Dia de praia. Calor abrasador. Ao fim da tarde fui com a minha namorada (na altura, hoje minha mulher) até à SMAE ver mais um filme. Comecei a ficar febril. O corpo tremia, tinha apanhado uma insolação. A namorada perguntava se tinha alguma coisa e eu para não dar parte de fraco dizia que não mas não parava de tremer. O filme decorria e mentalizei-me que não tinha nada. Com o poder da mente aguentei até ao fim e levei a namorada a casa. Depois estive uma semana de cama… <br />
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Cinema dos S.M.A.E., ali bem perto do Largo Maria da Fonte. Fez parte da minha vida, fez parte da nossa família lá longe, onde o sol castiga mais. <br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhenAsMFSTbZxTf1Ot2w8wBSeOcCgLhmfgaKl9vKbSZi7dQngEm1vAfqIdOFPJFbOhFW6C6JJa-1zjkoZlhb5x4KCeWpjNBGfsKVfluZJAchKqu5IZJgUJkZVHOtX6bglZ2EBCnH1qYpt4/s1600/Mcgregor.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhenAsMFSTbZxTf1Ot2w8wBSeOcCgLhmfgaKl9vKbSZi7dQngEm1vAfqIdOFPJFbOhFW6C6JJa-1zjkoZlhb5x4KCeWpjNBGfsKVfluZJAchKqu5IZJgUJkZVHOtX6bglZ2EBCnH1qYpt4/s500/Mcgregor.jpg" width="500" data-original-width="500" data-original-height="309" /></a></div><br />
Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8406390369659745791.post-66313071800969313722010-07-16T21:18:00.012+01:002018-02-27T17:49:40.678+00:00"Casas" que faziam parte da nossa vida<font face="Monotype Corsiva" size="1">Urbano de Castro - Mulata</font> <br />
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Durante anos convivemos com estas "Casas". Faziam parte da nossa vida em Luanda, pois de uma forma geral todos nós as conhecíamos, uns mais que outros por serem deste ou daquele bairro e por isso mais próximos de quem lá vivia. Aqui ficam as publicidades dessas "casas". Para as ver melhor, basta clicar em cima das imagens. <br />
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Quem morava no meu Bairro de S. Paulo, quem é que não conhecia a "FOTO BELEZA" do pai dos amigos Fernando e Henrique? <br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicKldscRILZLQkZjPdhQEp7FnbpAj1fl7nJt1NUClAw84xmMFx30WEoMMvTDf2zHP8UZkjtHa4VQ_8UTw_bYwGJM3Z1uh-Cu6jS5O3PxoU4cR05leD_YkQ9n9RiSLlgkxOaFU52Br8FQI/s1600/Foto+Beleza_Luanda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicKldscRILZLQkZjPdhQEp7FnbpAj1fl7nJt1NUClAw84xmMFx30WEoMMvTDf2zHP8UZkjtHa4VQ_8UTw_bYwGJM3Z1uh-Cu6jS5O3PxoU4cR05leD_YkQ9n9RiSLlgkxOaFU52Br8FQI/s400/Foto+Beleza_Luanda.jpg" width="285" height="400" data-original-width="569" data-original-height="800" /></a></div><br />
A famosa "Pastelaria Vouzelense" dos irmãos Tojal. <br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjz-uK9IEOYX4T15tyjk9wMM8ypNchfr6FLQ3BH_2l7v2RzWvE_r-8wPQocp9r7npCw-TA-xCC69FDwhaqZ761DoZ2CaC-aKoS-T-k7vj5xkLRTYGya5eJO9I_lW1_Kf7WTsvCcLZ8FZLQ/s1600/Vouzelense_Luanda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjz-uK9IEOYX4T15tyjk9wMM8ypNchfr6FLQ3BH_2l7v2RzWvE_r-8wPQocp9r7npCw-TA-xCC69FDwhaqZ761DoZ2CaC-aKoS-T-k7vj5xkLRTYGya5eJO9I_lW1_Kf7WTsvCcLZ8FZLQ/s400/Vouzelense_Luanda.jpg" width="285" height="400" data-original-width="570" data-original-height="800" /></a></div><br />
Da "Fábrica de Borracha", no Macambira, junto à nossa Escola João Crisóstomo na Vila Alice. <br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_ppeVeg6HATHK7kyMFvwebqXILfSSBu_8N88oEO9YnFC3luMDsW8D7jfUWpdj2OOtUsyFB_nEXf86Dd_Jer_1OoisvQzQ3PLZMpl5ChWPrUo16y93tAQXeh9PthaBPVQpou6M1cn_guM/s1600/Macambira.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_ppeVeg6HATHK7kyMFvwebqXILfSSBu_8N88oEO9YnFC3luMDsW8D7jfUWpdj2OOtUsyFB_nEXf86Dd_Jer_1OoisvQzQ3PLZMpl5ChWPrUo16y93tAQXeh9PthaBPVQpou6M1cn_guM/s400/Macambira.jpg" width="289" height="400" data-original-width="400" data-original-height="554" /></a></div><br />
Do "Dantas e Valadas" na baixa luandense <br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8-dxjnKz0h1o5MUhJuyB97N_GEyVmDt5Z8cDy98VOiZ1O242DRY3O9bHsQ5CX6jEwIfnZyNlH7niQr6H30OGioNjEFI_DO3iKS2aHq3F-AViwIaeme0Eq22sgwUP2DWZJES5QbayI85k/s1600/DantaseValadas_Luanda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8-dxjnKz0h1o5MUhJuyB97N_GEyVmDt5Z8cDy98VOiZ1O242DRY3O9bHsQ5CX6jEwIfnZyNlH7niQr6H30OGioNjEFI_DO3iKS2aHq3F-AViwIaeme0Eq22sgwUP2DWZJES5QbayI85k/s400/DantaseValadas_Luanda.jpg" width="274" height="400" data-original-width="548" data-original-height="800" /></a></div><br />
Da "Marisqueira Amazonas", com a sua esplanadana, na Avª Restauradores <br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQ1Ryb5_WOo_voTEiWupFRUry6ZK-aVdWzg6hQ_Rp7ZzbVOXsWHMevKie0RGOzR0XSkvEOQrGyGcICQo6_fsvlW_WLXjoR2s8JuZUSf-4p8pRX6WjoxOSVfismuxiEketDPKwrFY92y1Y/s1600/Amazonas+_Luanda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQ1Ryb5_WOo_voTEiWupFRUry6ZK-aVdWzg6hQ_Rp7ZzbVOXsWHMevKie0RGOzR0XSkvEOQrGyGcICQo6_fsvlW_WLXjoR2s8JuZUSf-4p8pRX6WjoxOSVfismuxiEketDPKwrFY92y1Y/s400/Amazonas+_Luanda.jpg" width="274" height="400" data-original-width="548" data-original-height="800" /></a></div><br />
<br />
Boas recordações!Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8406390369659745791.post-4201146289957355772009-12-17T22:39:00.001+00:002010-07-16T21:18:43.781+01:00Angola, Anos 70<center><embed src="http://www.dailymotion.com/swf/x47jkg&autoPlay=0&related=1&canvas=medium" type="application/x-shockwave-flash" width="480" height="341" allowFullScreen="false" allowScriptAccess="always"></embed></center><br /><center><font face="Monotype Corsiva" size="4">Para os amigos e visitantes deste e dos outros meus blogues, <br>Boas Festas e Feliz Ano 2010!</center></font>Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8406390369659745791.post-57805831561288190982009-11-07T17:18:00.007+00:002017-08-07T10:12:03.809+01:00Da Póvoa a Luanda"Tinha eu nove anos,<br />
Da minha terra me afastei, <br />
Olhos de criança, <br />
Já com saudades, chorei."<br />
<br />
Fevereiro de 1962. Eu, mais 3 irmãos (3 rapazes e uma rapariga) dizíamos adeus à terra onde tínhamos nascido, Póvoa de Varzim. Acompanhados pelo nosso tio António, subimos para o comboio rumo a Lisboa. <br />
<br />
Para trás ficavam pedaços da nossa vida. Nossos pais aguardavam-nos em Luanda. O meu pai, devido à prole ser imensa (seis filhos) já tinha para lá ido em 1959. Era uma "província (ultramarina) portuguesa" mas teve que ir com uma carta de chamada senão não podia embarcar (em 13 de Abril de 1961, depois da rebelião, disse Salazar: "Para Angola rapidamente e em força". Só devido à guerra é que foi abolida a carta de chamada. Era mais fácil dar o salto para França do que ir para Angola). A minha mãe e mais dois dos meus irmãos, os mais pequenos, foram em 1960. <br />
<br />
Lisboa foi algo maravilhoso para nós. Ficámos numa pensão ali para os lados do Marquês de Pombal. Subimos no elevador de Santa Justa e vimos a cidade lá do alto. Um dia saímos os três rapazes sozinhos, como se conhecêssemos bem a cidade, olhando montra atrás de montra, cheios de motivos carnavalescos, perdemo-nos. Felizmente encontrámos um polícia e sendo o meu irmão mais velho o de melhor memória, lá conseguimos chegar à pensão onde recebemos um ”raspanete” do meu tio, que já estava preocupado. Pudera! <br />
<br />
No dia 20 de Fevereiro de 1962, embarcámos no navio “Quanza”. O meu tio ficava ali no cais de Alcântara dizendo adeus àqueles quatro sobrinhos, um com sete, outro com nove, outro com 11 e a minha irmã mais velha com 16 anos. À largada, no convés, muitas lágrimas foram vertidas nessa despedida. <br />
<br />
"Atravessei o oceano,<br />
Para terras desconhecidas,<br />
Quanta gente no velho barco,<br />
Para começar novas vidas." <br />
<br />
Embora tivesse nascido em terra de mar, os 14 dias que demorou o “Quanza” de Lisboa a Luanda foram, para mim, de suplício. Mas não deixámos de fazer as nossas patifarias dentro do barco, desde ir por corredores em aventuras desconhecidas até à sala das máquinas, retirar os ganchos das redes dos beliches (era queda certa para quem nela se deitasse) até ”namoros” com garotitas da nossa idade, tudo se fez. Ainda hoje me lembro do cheiro do chá e da manteiga que nos serviam. <br />
<br />
"Eu, criança, sem pensar,<br />
Na brincadeira me lancei,<br />
E a terra, onde nasci,<br />
Nunca mais a recordei."<br />
<br />
A passagem do Equador foi festiva, e com enjoos e golfinhos lá decorreram os dias. Chegámos a Luanda no dia 6 de Março de 1962, dia de Carnaval. Era noite escura. No cais aguardavam os nossos pais. <br />
<br />
Descida a escada o meu pai sobe e a primeira pergunta que faço é: <br />
<br />
-Pai, tem bananas em casa? <br />
<br />
Tinha!... <br />
<br />
... E assim começou uma nova vida para aquela família, agora junta, que um dia demandou para terras africanas! <br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPltof1rEL94o4S9NHKkminVSd-uQ6q3z1gAM3ZBPcBp86sKF9Vfn5WAGHVfp60IpBdxLgUnWXyl3am5nFjHn9s7MV3N5J5zXbi79baBoa8bef8MKU_dXzWLm1y9la-uHkS-HklH1DKq8/s550/img055.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPltof1rEL94o4S9NHKkminVSd-uQ6q3z1gAM3ZBPcBp86sKF9Vfn5WAGHVfp60IpBdxLgUnWXyl3am5nFjHn9s7MV3N5J5zXbi79baBoa8bef8MKU_dXzWLm1y9la-uHkS-HklH1DKq8/s500/img055.jpg" data-original-width="500" /></a></div><center><font size=1>Paquete Quanza</center></font> <br />
<br />
<font size=1><em>P.S. – A banana, na época, era rara em Portugal. Só a comiam pessoas com posses, daí a minha pergunta.</em></font> Mário Limahttp://www.blogger.com/profile/07158193661824796981noreply@blogger.com3