13/03/09

Regresso ao Passado...




 Todos nós, durante um período da nossa infância ou mesmo na nossa juventude, fizemos sempre uma pequena colecção; de selos, de soldadinhos, de cromos (não desses que se vêem muito hoje em dia na televisão), de moedas, de caixas de fósforos e outras que fizeram a delícia da nossa meninice. As trocas que fazíamos com o parceiro: - «Toma lá o Camões 16 e troca-me pelo 24 do Lucky», apontando no quadriculado os nºs que tínhamos e aqueles que nos faltavam e assim pouco a pouco mais uma colecção ficava pronta. E era isto durante anos. Hoje ainda continuo a fazer colecções, não de cromos, mas de selos e moedas de todo o mundo, de soldados de chumbo (onde pontificam os romanos) e de damas de trajes antigos. Mas há colecções que ficaram gravadas na nossa memória, as de Banda Desenhada.

 Que saudades do Mandrake e o seu companheiro Lotário, do Mascarilha e do seu cavalo Silver, do Tarzan, do Batman, do Roy Rogers, do Zorro, do Kit Karson, do Buffalo Bill, Sir Lancelot, do Cisco Kid e do seu Corisco e tantos outros Heróis da BD. Eram o «Mundo de Aventuras», o «Falcão», o «Condor», as «Selecções», o «Príncipe Valente», o «Mosquito». Era o ir ao quiosque do Sr. Antas, ali na esquina entre a Paiva Couceiro e a Rua Missão de S. Paulo (eu, os meus irmãos, o amigo Flávio, Tonito, o amigo Luís “Piriquito” éramos clientes assíduos) e, entre uma compra levava-se dois dentro da camisa. E “devorávamos” aquilo. No dia seguinte íamos lá trocar por outros e claro que pagávamos uma quantia (que não preciso agora) e era assim que esse mundo de fantasia que a BD nos dava, que fazia de nós os heróis de muitas aventuras, ora brincando de polícias, aí éramos o Dick Daring, ou lançávamos de cipós (cordas) como o Tarzan (tanto nas barrocas como no embondeiro que existia no baldio por detrás do quiosque).

Quiosque do Sr. Antas à esquerda. Mais tarde, nesse baldio, seriam construídos prédios e lá se foi o Quiosque

 Não sei se hoje a juventude ainda lê e vibra com as aventuras da BD. O que vejo são crianças sentadas em frente ao televisor, não exercitando o corpo todo numa luta contra os maus mas somente exercitando os dedos num jogo de uma “playstation” qualquer.

 





 

 



Também tu Jane?!... Também tu não compreendes os homens? «Mi Tarzan...»

1 comentário:

Unknown disse...

amigo marius
estas revistas fazem me recuar ao tempo em que eu com dezenas destas revistas as espalhava no passeio em frente ao cin colonial e as vendia até fzer a quantia certa para o meu bilhrte para a matiné heheheheh
um grande abraço
teixeira