O colonialista só critica, o luandense critica mas sofre ao ver a cidade onde nasceu - onde criança em homem e mulher se tornou, onde já adulto escolheu o país para dar um futuro melhor à sua família, coisa que em Portugal não o iria conseguir - no estado que está.
Quando Paulo Dias de Novais aportou a Ilha do Cabo, logo verificou que a ilha não era suficiente. Foi para terra firme e fundou a vila de S. Paulo de Assunção de Loanda a 25 de janeiro de 1576 (só foi cidade em 1605).
442 anos se passaram desde então.
Da cidade dos primeiros anos pouco resta, a cidade cresceu, a cidade mudou, a cidade foi-se modernizando.
A guerra traz sempre desgraça. Não só para aqueles que se julgam as maiores vítimas e que abandonaram a cidade onde nasceram e cresceram. A guerra também vitimiza quem lá ficou.
Hoje vive-se da lembrança desses tempos que foram da nossa juventude, do despertar do corpo, da perda da inocência. A saudade dizem, é uma forma de ser e de estar do nosso povo. Nada melhor para o demonstrar que o fado.
Somos saudosos do tempo que foi nosso, quando o rosto ainda não nos trazia os riscos da juventude perdida.
Hoje olhamos para esse passado e, aliado a ele,... uma cidade, a cidade de Luanda.
fotos: Avª Salvador Correia dos tempos antigos e batuque na ilha do Cabo em 1900
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